Carta ameaça com protesto de polícias. Diretor nacional confessa preocupação

por RTP

Está a circular uma carta não assinada mas que será alegadamente de polícias que se preparam para um protesto inorgânico a 11 e 12 de maio, altura do Rally de Portugal e também das celebrações religiosas em Fátima. O diretor nacional da PSP diz não conhecer o conteúdo da Carta, mas que está preocupado.

Numa carta anónima dirigida aos elementos das forças de segurança, e que está a circular em grupos das redes sociais de movimentos inorgânicos da PSP e GNR, os polícias prometem regressar aos protestos caso não haja um entendimento com o Governo até 10 de maio, ameaçando boicotar a segurança do Rali de Portugal e voltar a usar baixas fraudulentas.

A plataforma que congrega as estruturas sindicais da PSP e associações da GNR demarca-se destes protestos e da carta, referindo que vão ter início na segunda-feira as negociações no Ministério da Administração Interna para a atribuição de um suplemento de missão, idêntico ao da PJ.

Questionado pelos jornalistas sobre esta carta, o diretor nacional da PSP alegou que desconhece a missiva com duas páginas, sustentando que "tudo o que seja ações que possam pôr em causa a segurança das pessoas e de Portugal" o deixam "naturalmente preocupado".

Sobre o conteúdo e termos utilizados na carta, José Barros Correia frisou que "não é postura de polícia".

"Estou convencido que isso não vai acontecer, eu acredito nos homens e nas mulheres que estão da PSP. As pessoas que estão na polícia são responsáveis e naturalmente terão um comportamento adequado", disse, à margem da cerimónia comemorativa do 17.º aniversário da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

O diretor da Polícia de Segurança Pública destacou também "o sentido de responsabilidade e missão que os polícias têm" e referiu que não sente no dia a dia que os elementos da PSP estejam desmotivados.

c/ Lusa
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